Nesta terça-feira, 25 de julho, é comemorado o dia Nacional do Escritor. Esta data é dedicada às pessoas que ocupam o seu tempo escrevendo livros, poemas, poesias, as famosas palavras escritas.
Sejam nos textos científicos ou fictícios, os escritores precisam ter a grande habilidade de entreter os leitores. Os escritores necessitam de um vasto conhecimento de vocabulários, da gramática e ortografia, além de uma boa dose de inspiração, criatividade e conhecimentos gerais do mundo.
A idéia de homenagear os escritores e escritoras do país no dia 25 de julho surgiu no 1º Festival do Escritor Brasileiro, organizado na década de 1960, pela União Brasileira de Escritores, sob a presidência de João Peregrino Júnior e Jorge Amado, um dos principais nomes da literatura nacional.
A escritora valparaisense Ana Cristina, moradora do bairro da Etapa D, foi a entrevistada e contou um pouco sobre sua paixão com a escrita.
Como surgem suas histórias?
R – Na verdade minha mente é um universo delas, muitas vezes me pego divagando em locais nem sempre apropriados e ou em horas igualmente impróprias, mas tento acalmar o processo e volto à realidade. Levo sempre um caderninho e caneta dentro da bolsa. Elas surgem também na medida em que são cutucadas aqui dentro, por uma antologia que é um convite para desenvolver uma história específica. Pego o tema sugerido e já imagino como quero o desenvolvimento. Confesso que tenho histórias em gaveta, elas aguardam um espanador.
Qual é o seu método de trabalho?
R – Geralmente quando recebo convites para participar de antologias os organizadores já têm o tema então só preciso trabalhar em cima deles, quando não, trabalho em cima de algo que me incomoda, busco informações sobre o assunto através de pesquisas e inicio todo o processo de criação. Tenho alguns contos que surgiram à luz da madrugada a partir de algo que vi ou ouvi e que me incomodou, claro que segundo meu professor é errado fazê-lo dessa forma, mas não consigo deixar a inspiração divagar.
Como você desenvolve seus personagens, roteiros, livros?
R – Escolho o tema com o qual devo trabalhar, penso em quantos personagens, às vezes surge mais alguns no meio do caminho, peso sua importância e o moldo para o enredo. Distribuo e atribuo a cada um, uma personalidade específica. Não é fácil porque eles são todos de você, mas no fim é gratificante ver que cada um deles sobreviveu separadamente, é como parir, eles não são iguais. Carmem é o meu romance já pronto ainda não publicado, seria ele um romance autobiográfico, mas logo em seu nascimento tomou ares de ficção, o que me levou a algumas pesquisas específicas. Infelizmente no Brasil é muito, mas muito difícil mesmo ser um escritor e ter que conciliar sua vontade com as horas no trabalho e ou outras atividades que lhe consomem, porque precisamos trabalhar e não só viver de escrita, a não ser que haja uma boa fonte de renda te sustentando. Carmem foi praticamente escrita nas horas vagas do serviço, dentro do ônibus e em muitas noites solitárias.
Qual o seu livro mais marcante?
R – Antes eram poesias, novelas, contos e pequenas historinhas, um dia Carmem à porta aí começamos a conversar. Apesar de escrever desde menina, apenas Carmem tomou vida e ele é importante porque é o meu primeiro e tem nele um pouco das minhas experiências sensoriais. Já estou trabalhando no livro II.
Qual livro lido que mais marcou sua vida?
R – O livro que marcou minha vida foi o Caranguejo-bola de Maria Lucia Amaral, eu era uma menina quando fui apresentada a ele. Minha dispersão tolhia minha capacidade em aprender, tinha muita dificuldade em manter a atenção no que era preciso, até que fui apresentada a este livro, ele me ensinou a ler, nunca o esqueci.
“É tudo o que lhe peço no momento, perdão,
mas não se demore, meu amor
já vejo uma luz no final do túnel.” CRISTINA, Ana.
Assessoria de Comunicação da Prefeitura de Valparaíso de Goiás