O percurso da instituição, em 2022, remonta a força das Academias de Letras no Brasil, na perspectiva da intervenção social
Desde a sua fundação simbólica, em 2019, e, oficial, em 2020, a Academia Valparaisense de Letras – AVL tem como ofício regimental e estatutário a preservação da Língua Portuguesa e da Literatura Brasileira, assim como as demais Academias Brasileiras. Todavia, há um movimento crescente entre as Academias que objetiva romper com o “academicismo do fardão”, ou seja, extrapolar a produção literária e adentrar na seara social, por meio de ações interventivas que possam vir a impactar no cenário de inserção.
Neste ano, foi possível a aproximação com a Secretaria Municipal de Cultura e Esporte e o fortalecimento com a Secretaria Municipal de Educação, uma vez que se entende que uma Academia que deseja fincar raízes sólidas não pode caminhar sem esses dois elos fundamentais para a construção de uma sociedade com mais equidade, no campo da arte.
Além da realização de eventos oficiais, como a Semana de Arte Valparaíso; o lançamento da Coletânea As Três Faces da Raiva; a doação de livros na Sede da Academia, os acadêmicos, individualmente, realizaram ações que desembocam no coletivo – afinal, somos um coletivo formado por universos pessoais particulares que atuam desde o yoga e o xadrez até a produção comum que é a voz personificada da escrita.
Como destaques de finalização anual, houve o Concurso de Contos e Desenhos de Halloween, direcionado pelos Imortais Débora Iglesias, Daniel Lima e César Ferreira, na Escola Municipal Nelson Mandela, que objetivou a publicação de textos produzidos pelos estudantes; a consolidação ainda será realizada.
Outrossim, no CMEI Aquarela das Letras, a Imortal Solange Ribeiro organizou um livro infantil, intitulado Quando Tudo Foi Diferente, onde os autores foram os próprios estudantes.
Entendendo que a atuação da AVL integra como partícipes os municípios que compõem a RIDE, o Imortal Jean Lima realizou o projeto Poesia nasce como flores, na Escola Municipal Lago Azul Professora Vanessa Rabelo Oliveira, em Novo Gama.
Por fim, o projeto Livro também é alimento, em parceria com o Centro Espírita Alan Kardec, sob regência da Nilce e do Luiz, materializou um dos maiores desejos dos acadêmicos: auxiliar nas demandas sociais do município. A fome é real; não há poesia nisso. Todos precisam estar atentos, enquanto agentes culturais, que, ao folhear as páginas de um livro que apresenta banquetes e jardins floridos, faz-se necessário que o corpo esteja em alinhamento com suas necessidades fisiológicas básicas – dentre elas, a da alimentação. As quarenta mãos ou mais da AVL que produzem poesia também tiveram a oportunidade de doar tempo, amor, empatia, ternura e compaixão.
Confira algumas fotos das ações:
Redação: Comunicação da SME
Fotos e ilustrações: Acervo da Instituição