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POSTADO EM 14 nov 2017 · Educação

Palestra sobre Automutilação acende alerta junto aos profissionais da Educação de Valparaíso

O Núcleo de Atendimento Psicopedagógico ao Educando (NAPPE) realizou nesta terça-feira (14/11), um encontro com orientadores, supervisores, coordenadores e professores do Atendimento Educacional Especializado (AEE), no Auditório da Secretaria Municipal de Educação, do município de Valparaíso de Goiás, que fica localizado na Rua 17 do bairro Jardim Oriente.

 

Na oportunidade, os profissionais da Educação participaram de um bate-papo com a psicóloga e diretora da Divisão de Formação da Secretaria Municipal de Administração e Recursos Humanos, Taise Moraes, que ministrou palestra acerca do tema Automutilação – conhecida prática de agredir o próprio corpo, que pode acontecer de diferentes formas.

 

Ao falar sobre o assunto tão sério e ao mesmo tempo polêmico, Taise apontou diversos fatores sociais e influências que podem levar à automutilação. O objetivo da renomada psicóloga foi contribuir com os servidores da SME ao esclarecer dúvidas e apontar ações corretas para tratar e saber lidar com casos semelhantes que seguem afetando vários jovens brasileiros. No ambiente escolar, crianças e adolescentes, podem utilizar objetos como apontadores, compassos, estiletes e lápis para se automutilarem. “Conhecer sobre o fenômeno da automutilação e as causas dessa prática, permite que a escola atue de forma assertiva no atendimento das crianças e adolescentes, aos pais e principalmente, na prevenção. Por ser algo tão complexo e delicado, quanto mais conhecimento, melhor será o acolhimento e fortalecimento do papel da escola junto à comunidade”, ressaltou. 

 

Segundo a Secretaria de Educação, no decorrer do ano letivo, vários casos de automutilação foram registrados na Rede Pública Municipal de Ensino. Diante dos fatos, o NAPPE tem realizado um trabalho de terapia em grupo com estudantes e orientadores educacionais.

 

Para a secretária Rudilene Farias, a palestra se fez necessária para alertar professores e demais profissionais que trabalham nas escolas municipais sobre a temática emocional tão importante. “É preocupante os números relevantes de casos de automutilação entre as crianças e adolescentes. Estamos todos envolvidos na ação de acolher nossos alunos, interagindo com seus medos e dificuldades. São alarmantes as ocorrências destas questões em todo o Brasil”, afirmou.

 

Nos casos mais comuns de automutilação, os indivíduos fazem pequenos cortes na pele, batem em si mesmo, queimam-se com cigarros, arrancam seus próprios cabelos, furam-se com agulhas ou praticam qualquer outro tipo de autolesão. Os ferimentos costumam ser feitos em lugares que podem ser escondidos, como braço, perna e barriga. Essa prática foi reconhecida como transtorno mental em 2013, pela Sociedade Americana de Psiquiatria e pode ser definida como uma agressão ao próprio corpo sem intenção consciente de suicídio.

 

A Organização Mundial de Saúde (OMS) divulgou informações que apontam que o suicídio e a morte por acidente através da automutilação foram à terceira causa de mortalidade entre os jovens em 2015, totalizando cerca de 67.000 mortes.

 

Assessoria de Comunicação da Prefeitura de Valparaíso de Goiás